No inicio desta madrugada (20), um homem morreu ao ajudar apagar um incêndio numa residência localizada na Rua 290 na Barra do Saí. Segundo informações do Grupo Itapoá Alerta e da PM, Ademar de Souza Machado, de 44 anos foi eletrocutado ao encostar-se em fios elétricos provenientes de um ‘gato’ (energia ligada de forma clandestina a rede elétrica), sendo encontrado já sem vida após o trabalho de combate ao incêndio realizado pelos profissionais do Corpo de Bombeiros.
Após constatação do óbito foram acionados a Policia civil, IML e IGP, bem como a Celesc para desligamento dos cabos energizados.
Energia clandestina
Na maioria das vezes o “jeitinho brasileiro” simboliza a criatividade do povo brasileiro em dar a volta por cima em situações difíceis. Infelizmente, muitos aplicam esse conceito para tirar proveito de alguma coisa e o furto de energia, o chamado “gato” na rede elétrica, é um bom exemplo disso. O problema é que além de prejuízos, essa prática pode colocar em risco a rede elétrica e o responsável pela ligação clandestina bem como terceiros que desconhecem a ligação.
Conforme u artigo disponibilizado pela clamper.com.br, o que parece vantajoso para quem se utiliza desse recurso, na verdade é crime previsto em lei no artigo 155 do Código Penal. Quem cometê-lo pode ser condenado a uma pena que pode variar de um a quatro anos de reclusão, além de multa.
Mas há ainda outro risco, muito maior que ser pego: o de perder a vida. Quem faz uma ligação clandestina, normalmente sobe em um poste com cerca de 7,20 m de altura e vai acessar uma rede energizada. A pessoa pode receber uma descarga elétrica e perder a vida imediatamente.
As companhias de energia também levam prejuízo com o furto de energia. Mais de 27 mil gigawatts-hora, ou cerca de 8% do consumo do mercado elétrico brasileiro, são consumidos no país de forma irregular. São cerca de R$ 8,1 bilhões em prejuízo, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Se a prática não fosse comum, as concessionárias poderiam reduzir sua tarifa em até 18%, já que o custo do “gato” é repassado aos consumidores.
Os equipamentos elétricos também correm risco devido à queda na qualidade da energia e às constantes interrupções no sistema elétrico, aumento do número de ocorrências de falta de energia e danos à rede elétrica com o rompimento de condutores e com a queima de transformadores.
As concessionárias recomendam a todos que não cometam esse ato criminoso, não apenas por ser contra a lei, mas também pelos riscos vitais. Se você conhece alguém que esteja cometendo este crime, informe à Celesc, pois o prejuízo também chega ao seu bolso.
Foto: Grupo Itapoá Alerta