Pela segunda vez no ano os servidores públicos decidiram paralisar os serviços no Município. A greve teve início nesta segunda-feira (22), após assembleia, onde ficou definido que os trabalhadores só retornarão ao trabalho após o pagamento da reposição da inflação, o que segundo o Sinsej (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região), já deveria ter sido pago.
Outros itens reivindicados são a retomada do pagamento de insalubridade e de gratificações para diversos servidores da saúde”. Para o Sindicato, a Prefeitura não deixou outra opção para a categoria a não ser a greve, sendo que na primeira manifestação ocorrida em junho, os funcionários ficaram nove dias paralisados, ocasionando sérios transtornos a população.
Conselho
Conforme acordado, uma lei foi criada para que fosse legalizado o pagamento, mas a mesma não foi cumprida após a Prefeitura acatar uma recomendação do Conselho Municipal da Saúde, visando cortar as gratificações e insalubridade, a qual para o Sindicato não tem consistência.
Segundo o chefe de gabinete Luiz Zagonel, a Prefeitura busca uma forma legal de realizar o pagamento, pois não pode correr o risco de cometer um ato inconstitucional, pois existe um inquérito Civil (06.2016.00005271-7), em andamento, denunciando possível falha no rito do processo legislativo.
Zagonel disse que está buscando uma solução legal para garantir ao servidor o que é de direito, dizendo entender e defender que os servidores não podem ser penalizados por dissonância das leis.
Projeto
Na tentativa de resolver o impasse rapidamente o prefeito em exercício Josênio Bernardi (PPS), apresentou uma proposta contemplando os 9,83% da inflação parcelada em duas vezes. O projeto entrou na Câmara ontem a noite e foi analisado pelas comissões permanentes, estando apto a ser votado na próxima quinta-feira em sessão extraordinária.
No final da sessão, o sindicalista Ulrich Beathalter convidou a todos para acompanhar a reunião das comissões, onde após o término a comitiva se dirigiu até a frente da Prefeitura. Ao que tudo indica, o Projeto será aprovado, podendo ser realizado o pagamento ainda na quinta, possibilitando o retorno dos servidores em seguida.
População paga a conta
Para a dona de casa Amélia Prates de Souza, a greve traz grandes prejuízos a comunidade, dizendo apoiar a luta dos servidores, mas solicitando que a Justiça se manifeste o mais rápido possível para resolver o impasse que penaliza toda a população.
“Enquanto a Prefeitura e o Sindicato não entram em acordo, mais uma vez nós pagamos a conta. Sem médicos, professores, e até mesmo os trabalhos administrativos, a cidade para. Depois mais uma vez os pais serão penalizados, pois não podem gozar de suas férias no final do ano, já que seus filhos têm de repor as faltas. Quem necessita de consultas tem de procurar outros municípios (em especial os idosos), pois depende de atendimentos periódicos, isto entre tantos outros transtornos. Não vou julgar o mérito do caso, mas peço que as autoridades competentes o façam para que este impasse se resolva o mais rapidamente possível”, diz Amélia.
Segundo o Sindicato a paralisação irá prosseguir até que seja efetuado o pagamento da reposição e atendidas todas as reivindicações.