O diferencial é que os pacientes que fizerem os exames também poderão receber os medicamentos de graça
Todos os pacientes que receberam o diagnóstico de câncer de pulmão não pequenas-células, o que corresponde a 85% dos casos de câncer de pulmão registrados atualmente no país, podem participar do novo protocolo. O recrutamento vai acontecer até o fim de agosto no Centro de Novos Tratamentos Itajaí.
O estudo funciona como um teste genético, para verificar se o paciente com câncer de pulmão possui ou não uma mutação: tanto ALK como EGFR. Caso o resultado seja positivo, este paciente não é mais submetido a quimioterapia e o tratamento é focado em comparativo de dois comprimidos, um destes já aprovado nos Estados Unidos para o tratamento do câncer de pulmão. Neste caso, o medicamento identifica e ataca as células cancerígenas, e provoca menos efeitos ao organismo e as demais células.
Por outro lado, se for negativo, outros protocolos estão disponíveis no Centro de Novos Tratamentos e recebem pacientes atendendo todos os tipos de câncer de pulmão hoje diagnosticados. O primeiro é com uso de um inibidor de proteína e a quimioterapia para quem tem o diagnóstico do subtipo Escamoso. Já para o Adenocarcinoma, outro protocolo está aberto, usando a quimioterapia, com menos efeitos colaterais que o tratamento convencional.
Com a disponibilidade dos novos exames gratuitos, todos os pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão podem participar de protocolos de estudos. A expectativa é grande também para a chegada de tratamentos com uso de imunoterápicos, usado para melhorar a imunidade do paciente com câncer não pequenas-células e o próprio organismo destruir o tumor.
Embora não possua mais recomendações para fazer quimioterapia, muitos pacientes com diagnóstico para câncer de pulmão não pequenas-células, ainda realizam o tratamento com quimioterapia. Segundo o médico oncologista Giuliano Santos Borges, o uso de comprimidos é duas ou três vezes melhor do que o tratamento comum, com menos reação e mais efeito.
TIPOS DE CÂNCER DE PULMÃO e a RELAÇÃO COM FUMO:
Atualmente são conhecidos 5 tipos de câncer de pulmão, que possuem ou não relação direta com o cigarro. Perceberemos abaixo que dos tipos elencados, 2 não possuem relação com o tabagismo e que aos poucos, são acompanhados avanços nos tratamentos. O primeiro grupo é o de células-pequenas. Neste caso, o tratamento geralmente é feito com quimioterapia. Nesses casos aparece a relação com o fumo.
Depois, tem o grupo de não pequenas-células, onde encontram-se dois subtipos de alteração: “ mutação ALK” - para esse caso, o tratamento é focado em uso de comprimidos inibidores de proteínas, com menos toxicidade do que a quimioterapia e mais resultados positivos. Em seguida, citamos a “mutação EGFR”, que também tem o uso de comprimidos no tratamento. Esses dois subtipos, descobertos através de testes – EGFR e ALK, não possuem relação direta com o uso de cigarro. De acordo com o médico oncologista, “ os pacientes geralmente são mulheres, que não fumam” .
Sobre os sintomas, o médico revela que o tema ainda é pouco falado, e as orientações segundo diretrizes americanas, são para quem fuma há mais de 25/30 anos realizarem tomografias com baixa dose de radiação, a partir dos 55 anos, incluindo o exame no check-up anual. “ A detecção precoce de um tumor pequeno, com a possibilidade de cirurgias, sem tratamento adicional deve ser prioridade”, pontuou.
Multimídia
Assessoria de Imprensa
Juliana Soares