Aconteceu neste final de semana no Quartel do Comando Geral, a solenidade alusiva aos 31 anos de criação da Polícia Militar Feminina.
O ato contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Cesar Augusto Grubba, do comandante-geral PM, coronel Valdemir Cabral, do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos Oliveira, do chefe do Estado Maior-Geral PM, coronel João Ricardo Busi da Silva, da procuradora de Justiça e presidente de honra da Associação Filantrópica de Apoio aos Policiais Militares, Heloísa Crescent Abdalla Freire, do presidente da Associação de Praças, soldado Elisandro Lotin de Souza, além de oficiais e praças, familiares e convidados.
Na oportunidade, 31 militares femininas, policiais e bombeiros, que de alguma forma fizeram parte da história da Polícia Militar Feminina, ou em algum momento contribuíram de forma significativa para o engrandecimento desta, foram agraciadas com a "Medalha Comemorativa dos Trinta anos da Polícia Militar Feminina". Além das militares, uma ex-funcionária civil da Polícia Militar também foi homenageada com a medalha.
Homenagem
Ao fazer o uso da palavra, o comandante-geral, coronel Cabral, falou sobre o juramento que todos os policiais fazem ao ingressar na PM, de defender a sociedade mesmo com o risco da própria vida, e da dificuldade da mulher, mãe, em defender a sociedade e cuidar de seus filhos. Sobre a medalha comemorativa criada para homenagear as policias, destacou, “levem junto de vocês, no peito de cada uma, pela coragem de terem enfrentado as adversidades em ter seguido uma carreira eminentemente masculina”.
O secretário Grubba discorreu sobre o movimento de inovação e quebra de paradigmas na Corporação com a inclusão das mulheres, e da importante participação das profissionais na área da Segurança Pública nessas três décadas de existência. “A participação das mulheres na carreira militar em nosso país foi exemplo de luta, abnegação, persistência e forte contribuição para a formação da identidade profissional da mulher brasileira”, destacou o secretário.
Início
A Polícia Militar feminina foi criada em 1983, e iniciou o primeiro Curso de Formação de Sargentos (CFS) em 20 de junho, no qual se formaram 31 sargentos. No mesmo ano, em 27 de junho, cinco mulheres ingressaram no Curso de Formação de Oficiais (CFO), sendo que três concluíram o curso, Maria de Fátima Martins, hoje coronel da reserva remunerada, a tenente-coronel Claudete Lehnkuhl e a tenente-coronel Tércia Maria Ferreira da Cruz.
Na primeira década, a atuação das policiais militares femininas ficou restrita ao policiamento de trânsito e ocorrências de auxílio à comunidade. E nos primeiros nove anos o efetivo feminino existia somente na Capital do Estado, só a partir de 1992 pelotões foram criados em Joinville, Blumenau e Chapecó.
Já o ano de 1998 foi um marco para as policiais, pois a unificação dos quadros da Polícia Militar aprovada pela Assembléia Legislativa garantiu direitos iguais para todos os policiais, homens e mulheres, da Corporação. Então elas tiveram a oportunidade de partir para novos desafios, novas funções e postos, e hoje estão presentes em todas as Unidades da Polícia Militar, como: cavalaria, canil, batalhões aéreo, ambiental, rodoviário, de choque e operações especiais.
Atualmente são mais de 600 mulheres num universo de 11,3 mil policiais militares atuando em mais de 60 municípios. Na próxima semana, entre os 854 formandos do Curso de Formação de Soldados (CFSd) estão mais 202 mulheres.
Texto e fotos: Cb Erieles Pires Viríssimo - PM/SC