OCaramujo-Africano pode hospedar o verme Angiostrongylus costaricensis, agente causador de doenças como a Angiostrongilose abdominal e a Angiostrongilíase Meningoencefálica Humana (Meningite) doença graves com dezenas de casos já reportados no Brasil. Os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças. Sintomas: Dor abdominal, febre prolongada, falta de apetite, vômitos. Os sintomas podem se arrastar por meses, ocorrendo casos de lesões oculares permanentes (cegueira).
Diferenças entre o caracol africano e o caracol nativo
A identificação do caracol africano é de suma importância, especialmente durante as catações. O Caramujo Africano não deve ser confundida com o caracol nativo brasileiro, por se tratar de uma espécie da nossa fauna e sua eliminação implica desequilíbrio ecológico e impacto na população da espécie brasileira.
A Concha do Caramujo Africano é mais pontiaguda, possuindo borda afiada e cortante, sendomais alongada e pontiaguda, possuindo coloração mais escura e mais giro, diferente as concha da espécie nativa com menos giros e coloração mais clara, com borda mais arredondada e não cortante.
Medidas de Controle:
Catação manual: A catação deve ser repetida com frequência, ao longo do ano, sem interrupção (dada a grande fecundidade da espécie e sua atividade no inverno em regiões úmidas) e deve incluir áreas urbanas, áreas agrícolas (especialmente hortas e roças), capoeiras, borda de matas e brejos.
Os melhores horários para o procedimento de coleta são pela manhã ou no final da tarde.
Em residências (jardins, hortas, pomares) ou bairros, os caracóis devem ser coletados manualmente, utilizando-se uma luva de borracha ou similar ou mesmo uma pá seguindo as recomendações:
Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba durante o manuseio do caracol. Em caso de contato acidental, lave as mãos com água e sabão.
Recolha também os ovos da Achatina fulica, que ficam semienterrados, e procedendo da mesma forma usada para os animais coletados.
Destino dos moluscos coletados
Recomendações para descartar os exemplares coletados:
Colocados para a coleta de lixo comum, desde que os caracóis e os ovos sejam armazenados em dois sacos plásticos e suas conchas sejam quebradas utilizando um martelo ou pisando em cima com calçado adequado (tênis ou botas);
Incinerados, desde que haja condições adequadas para tal finalidade (incinerador, forno, latão, etc.);
Despejados em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou de lençol freático. Coloque sempre que possível uma pá de cal virgem para impermeabilizar o solo e para não atrair outros animais, principalmente se uma grande quantidade for coletada (cuidado, a cal queima a pele), fechando a vala com terra.
Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias para matar o animal, pois podem contaminar o ambiente e não afetam o molusco. Somente o cal virgem vai matar tanto os ovos quanto o animal adulto; jamais ingeri-lo;
Não transportá-los nem jogá-los vivos em áreas de vegetação. Retire as luvas e lave muito bem as mãos.
Por medida de segurança lavar bem as frutas, hortaliças, verduras e legumes e fazer a desinfecção com hipoclorito de sódio (colocar em imersão uma colher de chá de água sanitária para um litro de água, de 15 a 30 minutos), antes de consumir esses alimentos. Após, lave bem os alimentos; Não jogar os caracóis vivos diretamente no lixo doméstico ou em qualquer outro local; Não utilizar os caracóis gigantes africanos como alimento ou isca para pescar;
ATENÇÃO !!!
Não usar veneno: de forma alguma devem ser utilizadas iscas específicas para caracóis (ex. moluciscidas) ou outros venenos pelo elevado risco de intoxicação de animais domésticos, crianças e adultos. Esses acidentes são fatais e esperados quando essas iscas são usadas, mesmo com todo controle. Além disso, outras espécies, como as aves podem ser atingidas.
Não utilizar sal de cozinha (cloreto de sódio). O seu uso é desaconselhado, por ser ineficiente além de salinizar o solo.
Não tentar criá-los, pois há legislação proibindo;
Em caso de dúvida nesses procedimentos entre em contato com a Vigilância em Saúde do Município para mais esclarecimentos.
Coordenação Municipal de Vigilância Epidemiológica
Enfª Cintia Juliana da Silva Colotoni – Coren/SC 288.530
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(47) 3443-8852
Texto e foto: Assessoria de Imprensa PMI.