O Sindicato dos Serviços Públicos Municipais de Joinville e Região (SINSEJ), que representa a categoria em Itapoá veio a público na manhã de hoje para informar que a greve deverá continuar por tempo indeterminado. Segundo a nota, a Prefeitura está neste momento em reunião para discutir o assunto.
Enquanto isso os trabalhadores, lotaram a Câmara de Vereadores na tentativa de evitar que os mesmos aprovem os projetos de reajuste sem ganho real e aumento do vale-alimentação. Os representantes do Sindicato afirmaram que não querem a greve, mas que é a única opção diante da negativa da Prefeitura em atender as reivindicações.
O comando da greve está realizando avaliações constantes sobre o número de adesões, bem como visitando os locais de trabalho para explicar aos funcionários, que por um motivo ou outro, não aderiram à paralisação sobre a importância do movimento para garantir os direitos dos trabalhadores.
A decisão de entrar em greve teve início durante uma Assembleia realizada dia 23 de maio, segundo o Sindicato, após várias tentativas de diálogo com o governo, afirmando que houve apenas uma reunião de negociação na qual, a maior parte da pauta de reivindicações dos trabalhadores foi ignorada.
Prefeitura
Em nota divulgada no dia 25 de maio, a Prefeitura afirmou que propôs um reajuste salarial de 3,99%, que corresponde ao INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor, e 10,12% de aumento no vale alimentação (quase o triplo do índice), passando o valor do benefício para R$ 400,00.
O documento explicou que, em tal panorama o comprometimento dos recursos orçamentários destinados à folha de pagamento, não podem ultrapassar os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, exceder o limite máximo de despesas com pessoal, imporia ao Município a tomada de medidas de contenção que atingiriam os munícipes e os próprios servidores, além do corte de investimentos que não podem ser postergados.
Segundo a Prefeitura, alguns itens deveriam ser discutidos em reuniões posteriores, em especial, no que diz respeito ao projeto de lei que trata da insalubridade das ACS, visto que já estava encaminhado para a apreciação do Conselho Municipal de Saúde. Nesse contexto, a Legislação Federal vigente, já prevê o pagamento desde dezembro de 2016, ficando condicionada, porém, ao Laudo das Condições Técnicas de Trabalho, este, vigente até agosto.
Referente ao Gatilho Salarial, a Prefeitura diz não ter conhecimento de outro Município que aplique o reajuste mensal, e não anual, solicitando ao SINSEJ que apresentasse quais Municípios aplicam o reajuste dessa forma, sendo que até o momento, o Sindicato não soube informar.
Pela declaração de ambas as partes envolvidas, dificilmente o caso será resolvido, não tendo data definida para o fim da greve, a qual acarreta inúmeros prejuízos a população, a qual já estava vivenciando momentos de crise no Município, como Ruas sem conservação, falta de remédios, falta de consulta médica nos postos, entre outras.