Após realizarem assembleia na Câmara Municipal no último dia 08 os funcionários públicos de Itapoá aprovaram por unanimidade o estado de greve para alertar o Poder Executivo sobre o cumprimento das reivindicações da categoria. Um dos principais motivos, é o repasse da reposição da inflação, o qual não foi realizado devido ser ano eleitoral, não sendo previsto com tempo hábil. Outro ponto importante para os funcionários (em especial da saúde), é o corte das gratificações que em alguns casos representam até 60% dos salários pagos.
A decisão da Prefeitura se baseou numa decisão do Conselho de Saúde a qual explica que alguns trabalhadores estariam recebendo benefícios irregularmente.
Em Junho, os funcionários entraram em greve pelo mesmo motivo onde após nove dias de paralisação voltaram ao trabalho após um acordo no qual o Executivo garantiu que manteria a gratificação de todos os servidores, o abono dos dias paralisados, e a retirada da ação do governo contra o sindicato, e o pagamento da reposição salarial.
Em Julho, a Prefeitura voltou atrás e informou que não faria a reposição da inflação, como acordada na Campanha Salarial deste ano, devido a um questionamento da promotoria do município, afirmando que vários trabalhadores que recebem gratificações ou adicional de insalubridade teriam os benefícios cortados.
Diante do comunicado o Sindicato da categoria (Sinsej), entrou novamente em contato com a Prefeitura, sendo que os responsáveis afirmaram que iriam gerar uma folha complementar com a reposição da inflação assim que o MP se pronunciasse. Em relação às gratificações e a insalubridade, nada seria cortado até que fosse estudado cada caso individualmente.
Dias depois, os servidores foram tomados de surpresa com uma comunicação oficial afirmando que os cortes vão acontecer normalmente, e que os mesmos só serão revertidos apenas após pronunciamento de comissão formada para analisar as denúncias do Conselho de Saúde.
O caso preocupa toda população, pois atinge serviços essenciais para a comunidade. Na última greve, muitas pessoas foram penalizadas com a falta de atendimento médico e a paralisação das aulas.
Até o fechamento desta edição não houve nenhum avanço nas negociações, permanecendo o Estado de Greve do funcionalismo.