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Uma forte comoção tomou conta de todos que acompanharam de perto o sofrimento da família de uma jovem de 13 anos que caiu em um lagamar ontem à tarde na Região do Balneário Mariluz quando brincava na água com suas duas irmãs (07 e 10 anos), em companhia de um amigo de 24 anos.

A adolescente não conseguiu se livrar da ‘armadilha’ submersa desaparecendo nas águas. O homem levou as criança de 07 e a de 10 para fora ao ver que o mar estava agitado, mas quando voltou para socorrer a de 13 viu a mesma afundar sem retornar para fora d'água.

A dor sofrida pela mãe é inimaginável, e apesar de todos terem sidos solidários, nada puderam fazer para confortá-la, a qual permaneceu no local por várias horas na esperança que sua filha pudesse retornar.

Os Bombeiros e voluntários realizaram diversas operações na tentativa de localizar a menina, porém quase 24 horas depois do ocorrido a mesma ainda não foi encontrada. Pela manhã a equipe de Guarda-Vidas Civil receberam mais instruções de preparação para atuarem durante o verão com o auxilio do helicóptero Águia comandado pelo major Merlon de Joinville, o qual está realizando diversos vôos rasantes próximo ao local do afogamento, na esperança de localizar a vítima que residia próximo ao local do acidente.

Se confirmado a tragédia, o corpo deverá aparecer nas próximas horas, dependo das correntes, que segundo anúncio ainda está muito forte.

Perigo

O mar é paradisíaco e em geral não oferece grandes riscos durante a temporada nos locais sinalizados e atendidos pelos Guarda-vidas, porém até o início dos trabalhos não convém as pessoas se arriscarem em locais não sinalizados, a menos que saibam identificar os lagamares (correntes de retorno ou agueiros que podem ser definidas como o refluxo do volume de água que retorna da costa de volta para o mar, em virtude da força gravitacional. Também é conhecida como maré de retorno, rip current, lagamar ou simplesmente vala. As marés podem intensificar o perigo das correntes de deriva, em especial na maré baixa. A velocidade do fluxo de água retornando ao mar pode variar de 0,5 m/s a até 3,5 m/s).

Sinais de perigo

1. Água fica marrom e descolorada, devido à agitação da areia do fundo, causada pelo retorno das águas;

2. Água com tonalidade mais escura, devido à maior profundidade, sendo atrativas para banhistas desavisados;

3. Água mais fria após a linha de arrebentação, significando o retorno de águas mais profundas;

4. Ondas quebram com menor frequência ou nem chegam a quebrar, devido ao retorno das águas e à maior profundidade;

5. Local onde ocorre a junção de duas ondas provindas de sentidos opostos;

6. Local por onde o surfista experiente geralmente entra no mar;

7. Nas marés baixas, formam ondas do tipo buraco, alimentadas pela água em seu retorno;

8. Pequenas ondulações na superfície da água, causando um rebuliço, em virtude da água em movimento (pescoço da vala);

9. Espuma e mancha de sedimentos na superfície, além da arrebentação, onde a vala perde a sua força (cabeça da vala);

10. Ocupação de uma faixa maior de areia, devido ao maior volume de água, provocando uma sinuosidade ao longo da praia (boca da vala);

11. Escavações na areia, formando cúspides praiais em frente às valas;

12. Perpendiculares à praia, podendo apresentar-se na diagonal;

13. Delimitam ou são delimitados por bancos de areia;

14. Mais difíceis de serem identificadas em dias de vento forte e mares agitados;

15. Mais evidentes em marés baixas;

16. Perda da força de 5 a 50 metros após a linha de arrebentação;

17. Composição em três partes: boca ou entrada, pescoço e cabeça;

Como escapar?

Se cair em uma vala, não entre em pânico, nade diagonalmente no sentido da corrente até conseguir escapar. Um banhista cansado ou com habilidade limitada deve flutuar para dentro do mar, até a cabeça da vala, nadar paralelo a areia por 30 ou 40 metros e então prosseguir em um trajeto perpendicular à praia, pelo baixio (banco de areia), onde as ondas facilitarão a saída do mar (fluxo de água no sentido da areia). Nadadores fortes devem traçar um ângulo de 45 graus a favor da corrente lateral e nadar em direção à praia. Mesmo os melhores nadadores não devem nadar contra as correntes de retorno. Deve-se sempre observar as ondas, pois quando elas se rompem (quebram), formam espumas que não têm sustentação para permitir a flutuação. Se uma onda for “quebrar em sua cabeça” e não houver como escapar dela, encha os pulmões de ar, prenda a respiração, afunde, mantenha a calma e só tente subir após a forte turbulência ter passado.

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