Sindijor - As demissões na Gazeta do Povo no Paraná, incluindo o fechamento de sucursais no interior, ganham um sentido trágico para muitos jornalistas que assistem o encolhimento do maior jornal do Paraná.
Certamente é ainda mais trágico para aqueles que foram demitidos, mas também para aqueles que sonham em trabalhar no veículo. Mas é também o reflexo de um momento crítico, principalmente para o jornalismo impresso que vive um de seus momentos mais difíceis desde que o jornalismo de papel consolidou-se como referência. Não é só a Gazeta. outros impressos também passam pelo mesmo problema. O Diário de Guarapuava fechou as portas, até onde se sabe. Os Diários Associados da região norte do estado dizem estar em dificuldade financeira. O mesmo discurso é proferido por Diário dos Campos e Jornal da Manhã em Ponta Grossa, O Paraná, de Cascavel, Gazeta do Paraná, de Foz, entre outros jornais locais com certa tradição.
Para qualquer dono de veículo impresso que se pergunte sobre o problema atual, provavelmente todos dirão que a grande vilã da história é a internet. Não apenas por conta da transmissão de dados, mas pelo modelo que impôs a informação gratuita, dinâmica e participativa. O público está migrando e com ele a publicidade e, portanto, o dinheiro, que é o que mantém e realmente importa aos donos dos veículos comerciais.
Urubuzão
Esta história - relatada em parte -, do texto escrito pela direção do Sindicato dos Jornalistas do Paraná mostra a realidade do que está ocorrendo hoje no jornalismo mundial, onde os noticiários online estão cada vez mais ocupando espaço. Ocorre que o crescimento deste tipo de mídia não é a principal causa da crise dos impressos de renome, mas sim o crescimento dos pequenos jornais locais e regionais, os quais oferecem preços mais acessíveis, e que abrangem uma região específica de interesse do anunciante. A grande maioria dos profissionais da categoria está deixando as grandes redações e migrando para os pequenos jornais, ou para informativos online, confirmando o título original da matéria: “Fecha-se uma porta, abre-se outra”, pois seja da forma que se apresentar a notícia ainda é e será indispensável para a população.
Texto: Sindijor com adaptações do Urubuzão