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"Não dormi de tão ansiosa a semana inteira", disse Daniela Mercury antes de começar seu show na Parada Gay. A apresentação teve início por volta das 15h, momentos depois de seu trio elétrico começar a descer a rua da Consolação, com a música "O Canto da Sereia". A partir deste momento, o evento ganhou novo ânimo.

O trio, além de ter o maior número de seguidores, também foi o mais disputado por representantes do movimento LGBT e políticos, como a ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT) e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL).

"É um momento [cantar na Parada Gay] muito importante na minha vida e na minha carreira", disse a cantora, momentos antes de subir ao palco.

Nós elegemos os políticos, mas o país é nosso. Se a gente não usa o poder que a gente tem, deixa para alguém que não faz o que é o melhor para a gente", disse a cantora ao público, na praça Roosevelt, região central de São Paulo.

Nos momentos de encerramento do show, Mercury criticou o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Feliciano é alvo de protestos por suas declarações consideradas homofóbicas e preconceituosas. "Se a gente já tirou um presidente, não é possível que o governo mantenha na comissão alguém que não nos representa. Vamos usar o nosso poder cotidiano, não deixando ninguém desrespeitar ninguém. Isso é ser cidadão."

SAINDO DO ARMÁRIO"

Em abril, Mercury assumiu seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa. "Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração pra cantar", escreveu em uma foto postada no Instagram.

Desde então, a cantora se tornou uma das maiores vozes pela igualdade homossexual. E criticou uma das maiores vozes contra, o pastor e deputado federal Marcos Feliciano (PSC).

"Numa época em que temos um Feliciano desrespeitando os direitos humanos, grito o meu amor aos sete ventos. Quem sabe haja ainda alguma lucidez no Congresso Brasileiro!", escreveu Mercury em um comunicado.

Fonte e foto: Folha de São Paulo

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