Várias pessoas são vítimas diariamente de vigaristas que sobrevivem de enganar trabalhadores para tirar proveito próprio. São centenas de golpes, uns mais antigos, outros mais elaborados, enfim, todos com o propósito de tirar o dinheiro da vítima.
Alguns destes golpes não se aproveitam da ganância, mas sim do desespero das pessoas, como o aplicado numa mulher de 49 anos que perdeu no dia 18 de fevereiro R$ 5 mil no golpe do falso sequestro. A mesma recebeu uma ligação em sua residência na localidade da Estrada Bananal, em Guaramirim, onde os golpistas exigiram R$ 5 mil para liberar o filho dela, que, segundo eles, havia sido sequestrado. Sem saber o que fazer, e sem comunicar o fato a polícia, a mulher foi até o banco e depositou o dinheiro em uma conta repassada pelos bandidos, que em geral praticam o golpe de dentro das penitenciárias. Ao retornar desesperada, a mulher encontrou seu filho, que tinha acabado de retornar do trabalho.
Outros golpes
Existem milhares de golpes conhecidos, os mais famosos que fazem vítimas todos os dias são os do bilhete premiado e o do 'Paco" ou "golpe do achadinho". Este último existe em muitas variantes todas baseadas na ganância, de em uma suposta recompensa por ter achado, recuperado e devolvido algum suposto valor.
Na versão clássica, normalmente praticada por duas pessoas, os estelionatários ficam observando até que alguém "apropriado" saque uma boa quantia em dinheiro em um banco ou caixa automático.
Uma vez identificada a vítima, a seguem, um golpista vai à sua frente e o outro logo atrás.O da frente deixa propositadamente cair uma folha de cheque de alto valor, ou um pacote de dinheiro falso ou outro objeto aparentemente de grande valor, visando chamar a atenção da vítima, que apanha o cheque, pacote ou objeto, e o devolve ao estelionatário "que o perdeu", pensando estar ajudando.
O outro estelionatário, aproxima-se e diz que também viu o acontecido ou finge participar da devolução.
Neste momento, o estelionatário "descuidado" se diz agradecido e oferece uma recompensa à vítima e ao comparsa, dizendo que eles deverão comparecer a um escritório, levando um bilhete para receber dita recompensa. Entretanto, solicita à vítima que deixe a bolsa com todo o dinheiro que tiver, como "garantia" de seu retorno.
A vítima entrega sua bolsa com dinheiro e vai buscar sua gratificação, ao ser incentivada pelo outro estelionatário que simula a entrega da carteira ou de outro valor importante.
Somente percebe que foi vítima de um golpe quando descobre que o endereço do tal escritório não existe. Nesta altura os estelionatários, obviamente, já desapareceram.
Existem muitas variantes.
A Polícia solicita que todo o cidadão que for abordado com propostas que ofereça grandes vantagens ou estranhas, bem como comunicação de sequestro, que comuniquem de imediato a guarnição mais próxima, seja pelo telefone 190 ou diretamente nas delegacias.